A pré-eclâmpsia é caracterizada pela ocorrência de hipertensão arterial em gestantes previamente normotensas, a partir da 20ª semana de gestação, associada a proteinúria significativa, disfunções orgânicas maternas ou disfunção uteroplacentária. A profilaxia medicamentosa deve ser iniciada com a identificação precoce de fatores de risco, com o objetivo de reduzir os riscos para a mãe e o bebé.
Nos casos em que há um fator de alto risco ou dois fatores moderados, recomenda-se o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) na dosagem de 75 a 150 mg, administrado à noite, a partir da 12ª semana (até entre a 16ª e 20ª semanas), e interrompido por volta das 36 semanas de gestação.
Além disso, a suplementação com carbonato de cálcio (1-2g/dia de cálcio elementar) é fundamental, uma vez que a população brasileira apresenta um consumo considerado baixo pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa suplementação deve ser mantida até o parto para auxiliar na prevenção da pré-eclâmpsia.
Fonte: Manual de gestação de alto risco, Ministério da Saúde – 2022.
Conteudista: Caroline Muniz – Residente de Medicina de Família e Comunidade FESF/SUS
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Postagens: Principais Questões sobre Evidências em Suplementação de Cálcio e Prevenção da Pré-eclâmpsia. Rio de Janeiro, 11 jul. 2022. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-evidencias-sobre-suplementacao-de-calcio-e-prevencao-da-pre-eclampsia/>. Acesso em setembro 2024.