Pode iniciar medicação em um paciente com diagnóstico de transtorno bipolar na Atenção Primária à Saúde (APS)?

O transtorno bipolar é uma doença multifatorial caracterizada por uma alternância entre períodos de depressão e de euforia, com prevalência global alcançando o percentual de 5%, acometendo mais indivíduos jovens, entre 15-25 anos. A Atenção Primária à Saúde (APS) desenvolve um papel importante na atenção à saúde mental, uma vez que é o primeiro contato do usuário com o sistema de saúde, atuando na continuidade e integralidade do cuidado. A APS atua na identificação precoce de sinais e sintomas do transtorno bipolar, assim como de demais transtornos relacionados à saúde mental, no tratamento de pacientes com quadros estáveis e no encaminhamento para serviços de referência da rede, quando necessário. Por estar inserida no território em que o usuário pertence, compreendendo os determinantes sociais de saúde, alinhada ao fato de ter disponível uma equipe multiprofissional, consegue aumentar o acesso do usuário portador de transtorno bipolar, coordenar o seu cuidado e ter bons resultados clínicos. 

Conteudista: Tatiane Reis Bonfim Barreto – medica, residente de Medicina de Família e Comunidade/FESF-SUS

Referências:

  1. Wenceslau LD, Ortega F. Saúde mental na atenção primária e Saúde Mental Global: perspectivas internacionais e cenário brasileiro. Interface-Comunicação, Saúde, Educação. 2015;19:1121-1132.
  2. Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata). Transtorno Bipolar e Familiares [Internet]. Disponível em file:///C:/Users/tatiane.barreto/Downloads/transtorno%20bipolar%20e%20familiares.pdf. Acessado em 21 de Fevereiro de 2024. 

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