Asma: o que mudou no tratamento em 2024? 

Em 07 de maio, a Global Initiative for Asma (GINA) publicou a atualização do documento com sua estratégia global para gestão e prevenção da asma, o GINA 2024. 

As principais mudanças no tratamento da asma, conforme o GINA 2024, envolvem a escolha da etapa inicial para tratamento, com a introdução da avaliação da função pulmonar como critério para definir em qual etapa iniciar o tratamento. 

Dessa forma, o documento recomenda considerar as etapas conforme o esquema abaixo: 

Etapa I e II: sintomas menos de 3 a 5 dias na semana COM FUNÇÃO PULMONAR NORMAL OU REDUZIDA EM GRAU LEVE, ou seja, valores de VEFf1 > 80% e VEF1 entre 60% e 80%, respectivamente. ¹ 

Etapa III: sintomas na maioria dos dias (4 ou mais dias na semana) OU despertares noturno 1 ou mais vezes por semana E REDUÇÃO IMPORTANTE DA FUNÇÃO PULMONAR (VEF1 < 60%). ¹ 

Etapa IV: sintomas diários E despertares noturnos 1 ou mais vezes por semana E REDUÇÃO IMPORTANTE DA FUNÇÃO PULMONAR OU EXACERBAÇÃO NO ÚLTIMO MÊS. ¹ 

O documento ainda reforça que: 

A via alternativa de tratamento não contempla mais o uso do formoterol como medicação de alívio, recomendando, nestes casos o SABA isolado para aqueles que fazem uso de corticoide inalatório (CI) de manutenção ou a associação SABA+CI. ¹ 

Pessoas que já fazem uso de  LABA  não-formoterol de manutenção, como o salmeterol, não podem usar o formoterol de alívio, pois, o documento não recomenda o uso de dois LABAs diferentes. ¹ 

A dose máxima diária de formoterol recomendada corresponde a 72mcg/dia para maiores de 11 anos (12 doses de 6) e de 48mcg/dia para crianças entre 6 e 11 anos (8 doses de 6). ¹ 

Enfatiza-se que o uso de beclometasona combinada com formoterol, especialmente para resgate, deve ser evitado, devendo-se optar por outras opções de corticoide como a budesonida ou fluticasona. ¹ 

Na etapa cinco do tratamento não se deve manter doses altas de corticoide inalatório por mais de 3 a 6 meses. ¹ 

Por fim o GINA considera que a reabilitação pulmonar pode melhorar significativamente a capacidade funcional e a qualidade de vidas das pessoas. ¹ 

Conteudista: Thaise Machado – MR2 de Medicina de Família e Comunidade FESF/SUS 

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