O teste rápido para sífilis é um teste treponêmico, ou seja, ficará positivo o resto da vida, tanto nos casos de doença ativa quanto nos casos doença pregressa, já tratada¹ ². O monitoramento do caso deve ser feito com testes não-treponêmicos (VDRL). Sua titulação é ponto crucial na definição terapêutica¹ ². Como a paciente se trata de uma gestante, o tratamento deve ser realizado imediatamente, mesmo com o VDRL com baixos títulos (menor que 1:8) ou não reagente, a menos que se tenha documentado o tratamento anterior de infecção pregressa, que sua parceria sexual atual tenha resultado negativo e que exista facilidade de dosagem do VDRL em 30 dias. Se não houver esses três pré-requisitos, a gestante deverá ser tratada como sífilis latente tardia com penicilina benzatina 2.400.000 UI a cada semana por 3 semanas consecutivas. Diante do caso mencionado, como o companheiro apresenta uma sorologia negativa, deve tratar com uma dose de bloqueio de 2.400.000 UI de penicilina benzatina.
Referências
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV, SÍFILIS E HEPATITES VIRAIS. Brasília, 2020.
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.