A anemia por carência de ferro está correlacionada tanto com problemas do neurodesenvolvimento, quanto de crescimento de criança, sendo então um problema que deve ser prontamente identificado e sanado.
A suplementação de ferro em pacientes prematuros se faz obedecendo principalmente o peso ao nascer. Sendo assim, segundo o Programa Nacional de Suplementação de Ferro Manual de Condutas Gerais do Ministério da Saúde (MS), que segue as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) de 2012, tem-se:
- Recém-nascido pré-termo e recém-nascido de baixo peso até 1.500 g, 2 mg/kg peso/dia durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg peso/dia por mais um ano;
- Recém-nascido pré-termo e com peso entre 1.500 e 1000g, 3 mg/kg peso/dia durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg peso/dia por mais um ano;
- Recém-nascido pré-termo e com peso menor que 1000g, 4 mg/kg peso/dia durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg peso/dia por mais um ano. Aqui vale ressaltar que se inicia a suplementação após o trigésimo dia e que está indicada mesmo naqueles em aleitamento materno exclusivo.
No caso da vitamina D, seu uso é recomendado de forma rotineira para todos recém-nascidos pela Sociedade brasileira de pediatria (SBP), o que não acontece no Caderno de Atenção Básica (CAB 33, 2012) do Ministério da Saúde. Por ser a prematuridade um fator de risco para hipovitaminose, entretanto, ambos recomendam a suplementação de vitamina D para essa população. A SBP traz “Para recém-nascidos pré-termo, recomenda-se suplementação profilática oral de vitamina D (400 UI/dia), que deve ser iniciada quando o peso for superior a 1500 g e houver tolerância plena à nutrição enteral”.
Quanto ao uso outras vitaminas no geral, ainda há pouca evidência sólida para o seu rotineiro ou diferencial nos pré-termos. Oligoelementos como zinco parecem mostrar benefícios naqueles prematuros com muito baixo peso, sendo esses casos de acompanhamento e manejo inicial na atenção especializada.
Referências
- Programa Nacional de Suplementação de Ferro Manual de Condutas Gerais. Ministério da Saúde. 2013
- SEGUIMENTO AMBULATORIAL DO PREMATURO DE RISCO. Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento de Neonatologia. 2012.
- Deficiência de vitamina D em crianças e adolescentes. Sociedade Brasileira de Pediatria.
- Hipovitaminose D em pediatria: recomendações para o diagnóstico, tratamento e prevenção. Sociedade Brasileira de Pediatria. 2016;
- Caderno de Atenção Básica: Saúde da Criança e do Adolescente. Ministério da Saúde. 2012