Doença de Parkinson: quando suspeitar e que cuidado fornecer na Atenção Básica.

A Doença de Parkinson (DP) afeta cerca de 1% de toda a população com mais de 65 anos de idade e representa a segunda desordem neurodegenerativa mais prevalente no mundo (1). 

O diagnóstico é baseado na história e no exame físico. A história pode incluir pródomos como distúrbios do sono, hiposmia e constipação, que evoluem com sintomas motores e não motores. Deve-se suspeitar e investigar doença de Parkinson diante de pacientes apresentando tremor, rigidez, bradicinesia/acinesia e instabilidade postural possivelmente associados a declínio cognitivo, depressão e ansiedade. (2,3).

Para todos os pacientes com Doença de Parkinson, o tratamento é sintomático, focado na melhora dos sinais e sintomas motores (1). Não há tratamentos farmacológicos modificadores da doença disponíveis. A terapia de reabilitação, prevenção de quedas e os cuidados paliativos fazem parte do tratamento e devem ser realizados por equipe multidisciplinar. Os pacientes com DP que não obtiverem controle adequado das complicações motoras devem ser encaminhados para centros de referência (4).

 

Referências

(1)   Santos, GF. et al. Doença de Parkinson: Padrão epidemiológico da internação hospitalar. Investigação, Sociedade e Desenvolvimento. Vol 11, n 1. 2022. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24535>. Acesso em 23 março de 2023.

(2)    Armstrong, MJ.; Okun, MS. Diagnosis and Treatment of Parkinson Disease: A Review. JAMA. Vol 323, n 6. Pág 548–560. 2020.

(3)   Balestrino, R.; Schapira, AHV.  Parkinson Disease. European journal of neurology. Vol 27. Pág 27-42. 2020.

(4)   BRASIL. Ministério da Saúde. CONATEC: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença de Parkinson. N 291. 2017. Disponível em https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/relatorio_pcdt_doenca_de_parkinson_final_291_2017.pdf. Acesso em 23 de março de 2023.

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