Como prevenir o câncer de pele na população rural

Nosso Brasil possui uma vasta extensão territorial. É um “país tropical, abençoado por Deus”, que possui um clima diverso e “um sol para cada um”, como diz as canções. Com a nossa miscigenação, possuímos diferentes tons de pele, e por isso devemos manter alguns cuidados com ela, se quisermos ter uma vida mais saudável e longe do câncer de pele.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele, corresponde a 33% de todas as neoplasias do Brasil. Dentre suas classificações, temos o câncer de pele não melanoma – Carcinoma Basocelular (CBC), e o Carcinoma Espinocelular (CEC) – e os melanomas. O CBC é o mais comum, o primeiro mais prevalente, de crescimento lento e baixa letalidade.

O CEC é o segundo mais prevalente, atinge a camada mais superficial da pele, é mais grave que o CBC. Ambos acometem mais as pessoas de pele clara, atingindo as regiões mais expostas ao sol, como face, pescoço, orelha, podendo ser curados se diagnosticados precocemente. Já os melanomas, além de mais raros, são mais letais, e possuem maior agressividade, mas podem também ser curados se descobertos a tempo. Segundo o INCA, a estimativa para 2023, é que tenhamos 220.490 novos casos de câncer de pele não melanoma, e 8.980 de câncer melanoma.

Para população que mora e/ou trabalha na zona rural, o cuidado deve ser redobrado. Sabemos que a exposição frequente e desprotegida à luz solar, é a principal causa desses tumores de pele. Sendo assim, durante todo o ano, e principalmente no verão, é preciso adotar algumas medidas preventivas, dentre elas: o uso frequente e diário do filtro solar a fim de proteger dos raios ultravioletas e a produção de radicais livre no organismo; a utilização de roupas mais leves, de preferência de algodão, chapéus e óculos de sol; o emprego de uma hidratante corporal, a fim de manter a pele mais hidratada.

Além destas medidas, a população rural deve utilizar de seus recursos naturais disponíveis para manter os cuidados com a alimentação e também garantir uma ingesta hídrica adequada, preferindo as frutas frescas, as hortaliças, sucos, alimentos com baixo teor de gordura, água de coco, além de acesso à água potável e de qualidade.

Ao surgimento de qualquer lesão de pele, que sangre, descame, mude de coloração ou volume, o usuário deve ser orientado a procurar a USF mais próxima, a fim de que seja feita uma avaliação médica adequada e os devidos encaminhamentos.

Autora do texto: Priscila Caldas Borges – Médica residente de Medicina de Família e Comunidade (MFC)/ FESF-SUS.

Referências:

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Entendendo o Câncer. Carcinoma Espinocelular: o que é e como tratar ( 21/052023). Disponível em: < https://vidasaudavel.einstein.br/carcinoma-espinocelular/ >. Acesso: dez./2023

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER ( INCA). Estimativa 2023 : incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer. – Rio de Janeiro : INCA, 2022. Disponível em:< https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf >. Acesso: dez./2023

SKIN CANCER FOUNDATION. Visão geral do carcinoma basocelular. O câncer de pele mais comum. Disponível em: < https://www.skincancer.org/skin-cancer-information/basal-cell-carcinoma/ >. Acesso: dez./2023

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD). Câncer da pele. Disponível em: < https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/ >. Acesso: dez./2023

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