Como conduzir diante de um caso de paciente idoso que faz uso de múltiplas medicações?

A polifarmácia é problema frequente no âmbito da atenção primária, sobretudo após os 45 anos. Ela pode revelar uso exagerado e inapropriado de medicações ou estar presente em cenários de múltiplas comorbidades – quadro frequente em idosos. (1) Mudanças fisiológicas do envelhecimento como perda de peso, diminuição de massa magra e aumento da massa gorda potencializam os riscos do uso de múltiplas medicações, podendo produzir efeitos colaterais que se confundem facilmente com novos sintomas. (2)

É necessário revisar constantemente as prescrições e garantir o acesso dos usuários ao serviço de saúde, visando reduzir redundância farmacológica, interações medicamentosas, toxidade cumulativa, dentre outras iatrogenias. Outro ponto importante é que a polifarmácia contribui negativamente com a adesão ao tratamento. (1,2)

As estratégias para reduzir a polifarmácia e a prescrição inadequada de medicamentos são mais eficazes quando aplicadas de forma coordenada, com a colaboração e a integração de todos os envolvidos com os pacientes, incluindo os familiares e cuidadores. (3)

REFERÊNCIAS

MARQUES, PP. et al. Polifarmácia em idosos comunitários: resultados do estudo Fibra. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Vol 22. 2019.

MENDOZA, M. et al. Polifarmácia. Programa de Treinamento Médico continuado. Elsevier. Vol. 13. 2022.

NASCIMENTO, RCZM; ACURCIO, FA. Polifarmácia: uma realidade na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde Pública. Vol. 51. 2017.

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