A doença celíaca é uma enteropatia autoimune crônica do intestino delgado desencadeada pela exposição ao glúten ( principal fração proteica presente no trigo, centeio e cevada) em indivíduos geneticamente predispostos. Aveia também está na lista dos cereais proibidos, pois mundialmente sofre contaminação por glúten em toda sua cadeia produtiva.
O diagnóstico de Doença Celíaca em pessoas com diabetes mellitus tipo 1 é 20 vezes superior ao da população em geral e pode ser explicada por ambas compartilharem o mesmo mecanismo genético. Já a associação com o diabetes mellitus tipo 2 e o surgimento nessas pessoas é comparável ao restante da população, em torno de 1%.
O reconhecimento do amplo espectro clínico da doença celíaca tem evoluído nas últimas décadas e tornou-se evidente que é uma doença comum que ocorre em todas as idades e com uma variedade de sinais e sintomas,. Entretanto, não há pesquisas conclusivas que respaldam a recomendação de exclusão desses nutrientes da alimentação habitual em indivíduos saudáveis nem em indivíduos com diabetes sem o diagnóstico prévio da doença.
O tratamento se baseia em uma alimentação isenta desta proteína por toda vida, pois o consumo de glúten provoca uma inflamação no intestino que pode impedir a absorção de nutrientes.
Manter essas restrições pode trazer repercussões na qualidade de vida em todos os seus aspectos. Não se deve indicar uma dieta sem glúten até que um diagnóstico seja realmente estabelecido. Sendo assim , não há razão para se causar um transtorno pessoal, social e financeiro sem a confirmação de um diagnóstico dado por um profissional com capacidade para emitir esse parecer.
Autora:
Suane Evangelista Moreira Sousa – Nutricionista pela UNEB, CRN/5 :1528. Atua na CODAR / Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia.
Referências: